Após uma videoconferência, realizada no final da semana passada, em que o presidente da ACIAR, Daniel Muniz de Pauli, apresentou evidências de falha do Governo do Estado ao classificar a região de Registro-SP como vermelha (o que significa alerta máximo), no Plano SP, mantendo o comércio fechado por mais quinze dias, representantes das entidades da sociedade civil do Vale do Ribeira se mobilizaram e assinaram manifesto encaminhado ontem, 1º de junho, ao governador João Dória, solicitando a reabertura do comércio com protocolos. A ACIAR também se comprometeu a colaborar com as autoridades para orientar os comerciantes sobre as exigências que devem ser observadas para que o funcionamento do comércio, e consequentemente, o aumento do número de circulação de pessoas, não contribua para aumentar o contágio pelo coronavírus.
“Um dos motivos para essa classificação foi o aumento de testes positivados na mesma semana, subindo de 102 para 164 em função de a prefeitura de Registro-SP ter feito testes nos policiais militares do 14º Batalhão de Polícia Militar do Interior, sediado em Registro-SP. Foram testados 229 policiais, dos quais 62 estavam positivados assintomáticos. Desse total, 59 eram de fora da região e, até mesmo do Estado, que participavam do Curso de Formação de Soldados, conforme já noticiado pelo próprio 14º BPM-I. Diante disso, e em se tratando de uma situação isolada, a cidade de Registro-SP não pode ser penalizada com o fechamento do comércio por uma falha logística oriunda da Polícia Miliar”, diz o documento.
Os signatários do manifesto também consideram inexplicável o fato de a cidade de São Paulo ter sido incluída na faixa alaranjada, tendo sido a única cidade do Estado a conseguir avanços isolados de sua região já que a Grande São P aulo se manteve no vermelho. “A densidade demográfica da cidade de São Paulo e de 800 habitantes por km2, enquanto em Registro-SP é de 78 por km2, o que demonstra que a circulação de pessoas, por maior que seja, sempre será muito abaixo da capital paulista”.
As entidades também criticam o fato de, após mais de 60 dias do comércio fechado, não houve ampliação do número de leitos para atender casos de COVID-19 nos hospitais da região, possibilitando maior segurança caso aumente o número de casos graves. “Há espaço no Hospital Regional de Registro-SP e há celas prontas no Centro de Detenção Provisória, que podem ser utilizados como hospital de Campanha”, sugere o manifesto.
E finaliza: “No entanto, acreditamos que manter nossas lojas fechadas , milhares de pessoas desempregadas, bem como muitos empresários sem condições de retornar à atividade pós-pandemia, ampliará a crise social e econômica na região em que vossa excelência há poucos meses vislumbrava em transformar no Vale do Futuro”.
Assinam o manifesto representantes das seguintes entidades e empresas: ABAVAR (Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira), ACER (Associação Cultural e Esportiva de Registro-SP), ACOVALE (Associação de Contabilistas do Vale do Ribeira), Associação Cultural Nipo Brasileira de Registro-SP (ACNBR – Bunkyo), Câmara Municipal de Registro-SP (presidente e vereadores), CIESP Registro-SP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) / FIESP Registro-SP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Conselho Municipal de Segurança (COMSEG), Contabilidade Borton e Cotton Company.
Também assinam CRECI – SP (Conselho Regional de Corretores Imobiliários), Cotton Company, Cred Já, Delegacia do Conselho Regional de Contabilidade, Diocese de Registro-SP, Dual Tech Informática, Facillita, Loja Maçonica Amor União e Trabalho, Loja Maçônica Cruzeiro do Sul, Loja Maçonica Harmonia, Loja Maçônica Justiça e Trabalho, Lojas CEM, Magazine Luiza, Mel Serviços Automotivos, Subseção da Ordem os Advogados do Brasil, Rima Contabilidade, Rima Imobiliária, Rotary Club Ouro, Rotary Club Registro-SP, Sincomerciários, Sindicato Rural do Vale do Ribeira, Tibikos, Toyo Materiais, URB Incorporadora e Vavel Veículos.