Organizada em apenas uma hora e meia, a carreata convocada pela ACIAR em protesto contra o fechamento do comércio aconteceu no último sábado, 6 de março, mobilizou mais de 200 carros. “Foi um movimento pacífico, com participação de empresários responsáveis, que sabem que a vida é o bem mais importante e por isso seguem todos os protocolos sanitários para evitar a propagação do coronavirus. Queremos trabalhar para manter de pé nossas empresas e os empregos”, afirmou o presidente da ACIAR, Daniel Muniz de Paulo, na concentração da carreata, em frente à ACER. O presidente da ACIAR prometeu uma manifestação ainda maior na semana entre os dias 7 e 13 de março.
Com buzinaço, que chamou a atenção dos transeuntes, e faixas do movimento “Luto”, a manifestação da ACIAR percorreu as ruas centrais de Registro e fez nova concentração ao lado da prefeitura de Registro. Antes dos manifestantes se dispersarem, o presidente da ACIAR agradeceu a presença de todos e disse que a Associação Comercial lutará incansavelmente pela reabertura do comércio.
Os comerciantes de Registro mostram-se inconformados com a decisão do governador João Doria de um novo fechamento. “Um cliente me ligou hoje e pediu que fizesse as contas de todos os funcionários pois ele cortará 50% do quadro”, revelou Hélio Borges Ribeiro, diretor da ACIAR, prevendo uma nova onda de demissões com aprofundamento da crise. “Nós não podemos ser responsabilizados pela pandemia”, protestou Renato Zacarias dos Santos, também diretor da associação comercial.
Representando o movimento Trabalha Registro, Vitor Lessa mostrou preocupação com o desemprego em todos os setores. Representante do setor de bares e restaurantes, ele terá que demitir garçons, que ficam sem função quando não há atendimento presencial.
Assim que o governador João Doria anunciou a fase vermelha no estado inteiro, a ACIAR agiu para que o decreto municipal permitisse que as atividades consideradas não essenciais também pudessem trabalhar com delivery, drive thru e take away e que o segmento de alimentação possa trabalhar 24 horas por dia. As duas reivindicações foram atendidas, amenizando o impacto das medidas adotadas pelo governo.
Foi também iniciativa da ACIAR a reivindicação para que salões de beleza possa atuar, com portas fechadas e atendimento individualizado entre 9 h e 19 h e academias das 6h às 19 horas; isenção de juros da dívida de tributos municipais contraídos no período da pandemia com o parcelamento das dívidas; suspensão dos impostos municipais pelo período de 6 meses e posterior parcelamento; autorização para que shoppings e galerias permaneçam com as portas abertas, porém, lojas fechadas apenas com atendimento delivery e drive thru.